segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O Retorno, o Pastel e a Bolsa

Amigos leitores, olá! Passei um grande inverno afastado do meu blog, mas agora estou de volta à mesa. Depois de uma conversa com amigas blogueiras de culinária (Daniela Castro do Pimenta e Cominho, Amanda Lima do Diário Gourmet e Louise Cibelle do Chef de Primeira), resolvemos agitar a cena gastronômica de Salvador.
Retornando à lida. Viajei há algumas semanas para a cidade de Ipirá, sertão da Bahia, cerca de 200 quilômetros de Salvador, para fazer um trabalho. Enquanto seguia fazendo a função, descobri que a atração gastronômica da cidade era um pastel que tinha num posto de gasolina. Já fui pensando que pastel de posto é igual àqueles de rodoviárias, ou seja, como as pessoas da terceira idade, indo pra quarta, velho e murcho. Mas, como em aspecto de comida sou parecido com peixe, morro pela boca, fui a procura da dita iguaria Ipiraense.
Cheguei num final de tarde no posto BR que fica à margem da rodovia BA 052 e ainda havia uma duzia de pasteis na vitrine aquecida. Pensei que aqueles estavam ali há horas, então pedi para o atendente um novo e ele me disse que aqueles tinham acabado de sair do fogo. Fiquei meio desconfiado(ai minha azia!), mas, ainda assim, pedi um. Realmente, tinha acabado de sair do óleo, ainda estava quente, tinha o tamanho de um dvd e estava muito bem recheado(carne moída, o único tipo de recheio).
Comecei a devorá-lo naquele final de tarde, depois de um dia de trabalho. Logo pude notar o forte tempero do recheio e, enquanto degustava o "travesseirinho", chegou outra bandeja com uns 30 pastéis que foram rapidamente devorados por um grupo de viajantes que tinha acabado de chegar e já conheciam a fama do salgado. De tão grande, fiquei apenas no primeiro. Mas, dito e feito, minha azia começou a dar seus primeiros sinais pouco tempo depois.
Descobri depois que a principal atração da cidade era outra, e não era posta nas mesas, pelo menos para comer. Eram as bolsas e sapatos de couro, principalmente femininos. Em suma os pasteis não valem a viagem, porém os artigos de moda vale a viagem.
Pastel R$4,00, bolsa de couro de presente para a minha Izabel R$ 170,00, uma parecida em Salvador custa pelo menos R$ 400,00, ou seja dar para ir e voltar em Ipirá e ainda comer um pastel e um sal de frutas, e ainda sobra um troco.
Para quem não quiser de carro Ipirá pode ir de ônibus pela Águia Branca e as passagens variam entre R$ 32,00 e R$ 45,00 e as lojas que ficam na estrada há um quilometro da rodoviária funcionam de segunda a sábado em horário comercial.

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