quinta-feira, 29 de outubro de 2009

As Águas do Mediterrâneo II - Napoles e Costa Amalfitana











A segunda parte da viagem pelo mediterrâneo foi feita na região da Campanha(Nápoles). A região é conhecida pela violência e pela máfia, mas mesmo assim fui conhecer-la porque queria ver o Vesúvio e a costa Amalfitana.
Depois de 3 horas e meia de trem partindo de Roma cheguei a Nápoles e logo pude ver que estava num local diferente dos demais que estive; camelôs africanos, pinchações, trânsito muito pior e mulheres bem mais maqueadas que as de Salvador e uma língua que lembra o italiano, mas parece mais árabe com uns "ciao bella" no meio das frases.
Bem deixei minha mochila na albergue bem perto da estação e fui ver como chegava a Herculano, Pompeia e ao Vesúvio, para chegar se tem algumas opções no escritório de turismo pode-se comprar um passe e fazer os 3 passeios, mas quando cheguei estava fechado, então decidi ir por conta própria. Fui me informar e descobri que tem um trem-metro chamado circuvesuviana que sai de Nápoles e vai até Sorrento, então peguei o trem sujo, lotado para Herculano, a primeira cidade, lá descobri que para subir o Vesúvio teria que pagar 16,50 euros e que para entrar nas ruínas pagaria mais 10, então optei em ir apenas para o vulcão.
A van me deixou perto do cume da montanha e temos 2 horas para andar pela borda do vulcão. De lá da para ver toda a baía de Nápoles e por onde correu a lava na última erupção, o cheiro de enxofre toma conta do ambiente e dentro da cratera dá para ver a fumaça saindo das pedras que apesar do vento frio elas ficam aquecidas.
Achava que consiguiria ver Pompeia depois do vulcão, mas ficou muito tarde, e a fama da cidade me fez retornar para o albergue. Apesar da insegurança tinha que sair para provar a pizza napoletana, então tinha que escolher bem a pizzaria, então perguntei no albergue uma sugestão e era a mesma do meu guia que é a Antica Pizzeria da Michele que funciona desde 1870 no mesmo local e com apenas dois sabores Margherita(molho de tomate, mussarela de bufala e manjericão) e Marinara apenas molho de tomate com aliche. E por incrível que pareça apesar do frio e de ser uma segunda feira a fila estava fora do local. É o fordismo na produção de pizza entre sentar e chegar a pizza demora menos de 5 minutos, uma pessoa abre a massa, outra põe molho e recheio e outra coloque no forno, apesar do pouco queijo a pizza é muito boa a massa é mais elástica com mais de 30 centímetros de diâmetro, tem um gosto um pouco de defumado e custa 4,5(a mais barata da Itália) euros e com 50 centavos a mais pode pedir dose extra de mussarela. a pizzaria fica na via Cesare Sersale há 1 quilometro e meio da estaçõa central de trem.
No dia seguinte fui conhecer a cidade, principal do sul da Itália tive a certeza que o trânsito de Salvador é civilizado,por exemplo, hora do rush pela manhã, vespas e motonetas custurando o trânsito, que nada, muito pior, estava andando pela calçada para correr o perigo de ser atropelado, mas começo a ouvir uma buzina cada vez mais forte e nervosa se aproximando quando olho uma moto cortando o transito pela calçada e me xingando por não sair da frente, isso tudo bem perto de uma pessoa com um colete escrito "orientadore de transito" questiono se não viu o acontecido e ele fez como se não fosse com ele, ou seja agentes da SET, CET, não servem mesmo para nada. Passei o dia tentando evitar de ser atropelado e vendo os pontos turísticos da cidade que estão em péssimo estado de conservação e muito sujos e aproveitei para conhecer outras iguarias da cidade, os doces com massa folhada recheados com ricota, a Sfogliatelli, muito bom e um outro chamado Babá que tem forma de cogumelo e é banhado o rum. Da fama de violenta da cidade me restou uma abordagem policial e outra de um drogado que me pediu com muito insistência dinheiro, mas tudo tranquilo.
No último dia fui para a costa Almafitana, achava que daria para conhecer Sorrento, Positano e Amalfi já que era apenas 70 quilometros de Napoles, mas o transporte na região é péssimo. Peguei novamente a circuvesuviana até Sorrento e depois peguei um ônibus até Positano e Amalfi, a viagem dmorou 3 horas e meia e se quisesse deixar a região não poderia mais para nem em Sorrento nem em Positano, só deu para conhecer Amalfi que tem um mar incrivelmente transparente, mas a praia é minúscula, no verão deve ser disputada a tapa, Positano é um pouco maior. Para conhecer bem a região é melhor escolher alguma das três cidades e de lá ir explorar as demais e ainda dá para pegar um barco para as ilhas de Capri e Ischia.

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